terça-feira, 31 de março de 2009

Contos de Fadas




Quando comecei a escrever, a idéia era outra totalmente diferente, mas foi fluindo, quando vi já estava pronto e resolvi publicar.
O texto da idéia original eu publico em outro momento.
Até mais...

Contos de Fadas

Os contos de fadas são mesmo perfeitos.
Bem, pelo menos vistos pelo ângulo que nos mostram.
Mas, será que alguém já parou para pensar nos contos de fadas sendo vividos na vida real?

Eu já. Hoje eu pensei nisso.
É, eu estava em uma daquelas viagens diárias, vindo para casa e, no meio de meus pensamentos confusos, surgiram várias fadinhas...

Cinderela – garotinha escravizada pelas filhas de sua madrasta e por esta. Um belo dia tem a oportunidade de ir a um baile, trajando um belíssimo vestido, em uma carruagem deslumbrante...
Mas seus sapatos eram de cristal, pior, ela deixou que o sapato caísse de seu pé. Ela derrubou o sapato de cristal. O que poderia ser a chance para que ela encontrasse o homem da sua vida, transformou-se em tragédia. Ela derrubou o sapatinho de cristal, ele se quebrou inteiro. O príncipe correu atrás dela, mas não a alcançou porque pisou nos cacos do sapatinho e se feriu gravemente, perdeu muito sangue, teve uma hemorragia, foi parar no hospital, necessitava de uma transfusão de sangue urgente, mas o banco de sangue estava vazio e, como todos no baile haviam bebido, ninguém podia doar. Ele acabou não resistindo e faleceu na décima segunda badalada do relógio.

Branca de Neve – linda garota, amável, admirada e querida. Tinha sete anões a seu dispor. Em um dia não tão belo como o de Cinderela, teve a infelicidade de morder uma maçã envenenada. Todos pensavam que ela estava morta, mas não, bastava que um príncipe beijasse-a para que o feitiço fosse quebrado. Desmaiada, com feições de defunta, foi levada para o caixão, todos velavam seu corpo, no meio do sol. E o príncipe não chegava. Ficaram ali por horas, o sol estava cada vez mais quente, Branca de Neve já não era tão branca assim. Pegara uma insolação. O príncipe chegou, em seu cavalo, e, diante daquela situação, levou-a direto ao hospital, mas sua pele já estava descascando, sofreu queimaduras seríssimas. Como ainda estava desmaiada, o médico sugeriu à família que ela fizesse uma cirurgia plástica para que ela voltasse a ser quem era. Branca de Neve sofria de anemia, não tinha sangue o suficiente para ser operada e o banco de sangue do hospital estava vazio. Não resistiu, faleceu esperando seu príncipe.

Pequena Sereia – garota levada, porém muito preocupada em ajudar os que lhe rodeiam, vivia no fundo do mar. Costumava sempre brincar com seus amigos. Em um belo dia de sol, brincava de esconde-esconde (Com a reforma o hífen sai ou continua? Ainda não me habituei com essas mudanças)com seus amigos quando enganchou sua calda em um pneu velho. Ela conseguiu se livrar do pneu mas, ao puxar sua calda, bateu em uma garrafa quebrada, certamente jogada por algum banhista bêbado. O corte foi profundo, levaram-na ao hospital, ela perdeu muito sangue, precisava de uma transfusão com urgência. Seus amigos não podiam doar, pois eram de espécies diferentes. Recorreram ao banco de sangue do hospital, mas, estava vazio. Tentaram cessar a hemorragia, mas foi em vão. Ela não resistiu e faleceu, debatendo sua calda como em um grito de socorro.


A Cinderela, a Branca de Neve e a Pequena Sereia morreram porque não havia sangue suficiente no banco de doadores.
Quantas fadas e príncipes morrem todos os dias por falta de um doador?

Airtiane Rufino


sábado, 28 de março de 2009

Coleções

Quinta-feira, chuvinha lá fora, eu ali no meio do povo, ouvindo a professora, prestando atenção no texto, ouvindo aquelas histórias todas, contando algumas, a aula passando, eu me distanciando aos poucos, quando vi, estava perdida em meus pensamentos, olhando pra chuva, foi ai que olhei pro caderno, caneta na mão, não podia ir contra né. Acabou saindo mais uma na aula...

Coleções

Hoje, no trabalho, me deparei com um livro bem interessante, um pouco fora do convencional, se é que existe convencionalismo para os livros.
Ele era bem bonitinho, trazia uma reflexão, talvez nem fosse uma reflexão, mas me fez refletir.
O livro falava algo sobre coleções e colecionadores.
Foi ai que comecei a pensar nas coleções, nas minhas e nas alheias.

Mesmo que inconsciente, todos colecionam alguma coisa.
Tem pessoas que colecionam jóias, esses são ricos, certamente.
Alguns colecionam roupas, bolsas ou sapatos.
Tem gente que coleciona canetas.
Outros se amarram em livros (eu tenho alguns, acho que posso chamar minha biblioteca de coleção sim).
Já ouvi falar em pessoas que colecionam camisas de futebol, não só as do seu time, mas de todos os possíveis.
Tem quem colecione até dinheiro.
Tem coleção e colecionador de tudo nesse mundo.

Eu já conheci alguns colecionadores.
Já conheci colecionador de dinheiro; de discos de vinil, é, o bolachão; de brincos, mesmo tendo apenas duas orelhas; de cartões postais, essa é legal, prova que as pessoas gostam e lembram de você; de tampinhas de garrafas de cerveja, essa é para os que gostam de beber; de mulheres, essa é para os que ainda não se apaixonaram de verdade; cd's, para os amantes da música...

Ah, já conheci colecionador de várias coisas.
Eu mesma, coleciono várias.

Tenho minha coleção de chaveiros, cada um tem uma história, uma imagem, uma lembrança. Sempre que viajo compro chaveiros, mas nunca presenteio ninguém com eles. Só dou chaveiros a pessoas especiais, pois todos eles fazem parte da minha coleção e tem alguma história.

Tenho outras coleções, menos visíveis, porém mais representativas.
Além de chaveiros, coleciono sorrisos, abraços, boas lembranças, momentos felizes, sonhos, sensações agradáveis e outras coisinhas que guardo a sete chaves.

Colecionar é bom, é divertido, é uma chance de perpetuar o momento, é a possibilidade de tornar o presente sempre presente.
E você, você coleciona o quê?

Airtiane Rufino

quarta-feira, 25 de março de 2009

Quarta-feira

A aula de hoje foi muito produtiva, proporcionou grandes idéias e, graças a elas, ai vai mais uma crônica.

Quarta-feira

Hoje não está chovendo, mas também não está fazendo sol.
Não, ainda não é noite. É tarde ainda, mas a chuva não caiu, nem o sol saiu.
Hoje não é dia nem de praia, nem de banho de chuva.
Hoje é dia de que então?
Bem, hoje é quarta-feira, olha que coincidência, eu aqui, na quarta-feira mais uma vez.
As quartas-feiras estão ficando inspiradoras.
Pronto, já sei, hoje é dia de escrever.
Acho que isso não vale né. Afinal, para escrever não tem dia, nem hora, nem lugar, basta a idéia, ou mesmo a falta dela, nem mesmo papel é necessário, ou caneta, apenas a idéia.

Mas, voltando à quarta-feira, ou melhor, às quartas-feiras...

Quarta-feira é uma dia meio atípico, não é começo nem fim.

A segunda-feira tem o peso do início da semana, a ressaca do fim de semana, a preguiça, o cansaço para os que não tiveram tempo de descansar, o sono para os que não puderam dormir o suficiente e o trânsito mais congestionado de todos os dias.

A sexta-feira é o fim da semana e início do fim de semana, olha que injustiça, enquanto a quarta-feira não é início nem fim, a sexta-feira é os dois ao mesmo tempo. Vai ver é por isso que as sextas-feiras são únicas. Sexta é sempre dia de festa, alegria, amigos, cerveja, cinema, “Farra na casa alheia”, e na nossa também.

Sábado e Domingo, nem precisa falar. Mas vou falar assim mesmo. Afinal, “todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite”. E domingo, ah domingo, dia de praia, almoço em família, reunião com amigos, e, claro, dia de futebol, seja para assistir ou para jogar, domingo sem futebol não é domingo.

Mas quarta-feira...

O que tem na quarta?
Quinta tem caranguejo, mas quarta...
É, hoje é sim dia de escrever.

Airtiane Rufino

quinta-feira, 19 de março de 2009

Acordar pra quê?

Não sou muito de escrever crônicas, até escrevo mas não costumo publicá-las, não sei o porquê, acho que não é meu forte, na verdade, nem sei qual é meu forte.
Mas essa eu escrevi ontem, quarta-feira, foi fluindo e quando vi, tava assim, pronta, ou melhor, quase pronta, ainda não tinha nome.
Foi quando olhei pela janela, vi a chuva caindo novamente e lembrei de uma crônica que eu li uma vez, falava da chuva também.
Ai, resolvi fazer uma homenagem ao grande cronista que a escreveu.

Rafa, essa é pra ti...

Bjão ;D


Hoje o dia começou cedo, acordei com aquele barulho insuportável do despertador, não importa a música que ele toque, sempre vai ser insuportável pois interrompe um dos momentos mais sublimes do ser.
Acordei cedo, não por vontade, preferia ter ficado um pouco mais na companhia do travesseiro, ele tava tão quentinho. A cama, essa então, tava daquele jeito, cheia de mãos que me puxavam e me impediam de levantar.
Lá fora, a chuva caía sem medo, sem timidez, suas gotas tilintavam na janela como a mais linda das melodias.
Aquele som suave de chuva trouxe a imagem do sonho que mais parecia um filme, também interrompido pelo despertador.
Os sonhos deviam mesmo ser como os filmes, não só no quesito história, mas deveria ter um menu ou algo do tipo. Assim, quando os sonhos fossem ruins seria possível pará-los, e, quando fossem bons seria possível voltar, pausar, continuar e até colocar trilha sonora.
Ah, cama quentinha, travesseiro quentinho, sonho bom, chuvinha na janela...

- Acordar pra quê?

É, mas o despertador tocou, avisando que o dever me chama e que mesmo que a cama e o travesseiro estejam quentinhos, o sonho esteja bom e a chuva esteja convidando para não sair da cama, o despertador avisa que é hora de levantar.
Vamos lá, à noite eu volto, espero que o cenário seja o mesmo e que eu possa clicar no ícone para continuar.
A trilha sonora, essa eu não vou esperar até a noite para ouvir, essa eu levo comigo, onde eu for.

Airtiane Rufino

sexta-feira, 13 de março de 2009

Uma idéia nova...

Faz uns dias que não posto nada no blog, mas hoje deu vontade de escrever, só não sei o que.
Queria que fosse algo novo, diferente. Mas não sei o que.
É que eu já escrevi sobre tantas coisas, fatos e pessoas também.
Já escrevi em vários dias da semana, e em várias horas do dia.
Já escrevi em pé, sentada, deitada, dormindo e até sem escrever.
Já escrevi sem pensar, e já pensei e não escrevi.
Já sonhei escrevendo, já escrevi sonhando.
Escrevi no ônibus, escrevi ouvindo música.
Escrevi cartas, bilhetes, recados...
Fantasiei-os de poesias, versos, canções, sonetos...
Já escrevi rimado. Já escrevi sem rima.
Já escrevi ao vivo. Já escrevi e não assinei.
Já escrevi e não enviei. Já escrevi e apaguei.
Já escrevi sozinha. Já escrevi acompanhada.
Já escrevi no meio da noite.
Já escrevi depois do telefonema.
Já escrevi depois do encontro.
Já escrevi depois da despedida.
Já escrevi no caderno, na folha solta, no computador, no blog, no guardanapo, na folha riscada, na mão, no pensamento...
Já escrevi com amor, com raiva, alegria, tristeza, arrependimento, paixão...
Sempre com sentimento.
Já escrevi para a família, amigos e amor.
Já escrevi para o dia e para a noite.
Já escrevi para o sol e para a lua.
Já escrevi até sobre escrever.
Já escrevi no meio da aula, em cima da prova.
Conversando, olhando, imaginando, desejando.
Já escrevi sobre tudo e sobre o nada.
Já escrevi sobre mim e já escrevi eu mesma.
Já escrevi sobre você, para você e até você.
Já pensei em tudo.
Mas...
Já escrevi!!!

Airtiane Rufino