sábado, 20 de fevereiro de 2010

Palavras

Ela nunca soube a quem estavam direcionadas aquelas palavras.
Tampouco sabia se havia alguém em especial.
Talvez escrevesse sim para alguém.
Talvez buscasse um alguém para ler o que escrevias.
Não sabia.
Assim como também não sabia para quem foram escritos aqueles últimos versos.
Sabia apenas que por um instante desejou ter aquele nome.
Só para olhar novamente nos olhos dele e sentir mais uma vez aquele abraço apertado, que a fazia esquecer de tudo.

Mas de que importava como ela se chamava, ou como ele a chamava.
Aquelas palavras eram válidas para qualquer uma que as lessem.
Fossem Camilas, Anas, Amandas, Marinas, Brunas, Paulas, Renatas...

De que importava o nome dela.
Importante mesmo era ser distinguida dentre todos estes e muitos outros nomes.
Que marcou, isto é fato, sim.
Mas será que valeu...

Talvez.
É, se for possível distingui-la, ai sim.
Se for possível reconhecê-la, ai sim, ela poderá dizer que valeu.

As marcas, estas são visíveis.
As lembranças, não se podem apagar.
O cheiro, permanece vivo.
A voz, ainda encanta, mesmo que em pensamento.
O sorriso, esse desmonta qualquer tentativa de resistência.

Mas se foi verdadeiro ou brincadeira, só uma pessoa poderá responder.
Se houver resposta, não foi só um sonho.
Se não houver resposta, não passou de ilusão.

Airtiane Rufino

2 comentários:

Rafael Ayala disse...

ps: tempos sem poesia é ruim, cÊ fica cabreiro de fazer algo novo, se ficou bom ou tá se repetindo, se ainda sabe fazer. essa tava guardada faz um tempo, "tava faltando inspiração pra acabar. sorte que eu achei!"
=]

Que saudades eu tenho
Dos meus tempos de poeta
Minha rima era perfeita
Minha mulher era a mais bela

Que saudades, meu Deus!
De namorar sob a lua
As estrelas, olhos teus
Minha mão junto à tua

Meu amor que saudades
De estar ao teu lado
Era estar no paraíso
Ao lado do pecado

Tudo agora é saudosismo
Por lembrar assim você
Algo louco, incontrolável
Eu estava à sua mercê

"Minha MORENA, IMPERATRIZ
Sempre dona de meus sonhos
Não me lembro de uma só noite
Sem desejar ao teu lado ser feliz

Que saudades daquelas terras
Um oceano a ser navegado
O teu corpo, então, desconhecido
Pedindo para ser explorado"

E eu então admirado
Ah meu Deus o que fazer?
-Vais ficar aí parado?
Vou fazer acontecer...
=]
http://viagensnaveia.blogspot.com/2009/03/bons-tempos.html

=]

Josi Puchalski disse...

Gostei muito do teu jeito de escrever.

Beijo